Tensões entre EUA e Irã preocupam o mundo

05/01/2012 02:56

 

 

 

3/1/2012 12:18
 
 
Irã

Os países do Oriente Médio sempre interessaram aos Estados Unidos por motivos comerciais, desde a Rota da Seda até a Guerra ao Terror

Anúncios e ameaças são feitas num contexto de recrudescimento das tensões entre o Irã e os Estados Unidos, que elevaram o tom de seu discurso e endureceram as sanções econômicas contra Teerã. Nas últimas horas de 2011, o presidente norte-americano Barack Obama assinou uma lei de defesa que, entre outras medidas, inclui sanções contra toda pessoa ou empresa que realize negócios com o Banco Central iraniano.

 

 

 

 

 

Dias antes, a provável entrada em vigor dessas sanções provocou em Teerã a reação de ameaçar fechar o estratégico estreito de Ormuz, por onde passa cerca de 40% do petróleo que se comercia em escala mundial e onde as forças navais iranianas realizaram manobras a partir do dia 24 de dezembro último, incluindo o lançamento do referido míssil.

 

 

Sem deixar de assinalar que as ameaças e os exercícios bélicos iranianos constituem um fator indesejável de instabilidade no terreno econômico e na política internacional, não é menos reprovável a atitude hostil com que Washington tem-se conduzido para com essa nação do Oriente Médio.  (...)

 

 

 (...)    Assim, ainda se fosse verdade que a política nuclear da república islâmica representa uma ameaça para a segurança mundial, os Estados Unidos e seus aliados teriam à sua disposição tempo suficiente para conjurá-la, e para isso poderiam lançar mão de recursos de negociação muito mais eficazes e menos contraproducentes do que sanções econômicas como as referidas.

 

Cabe insistir que o unilateralismo, a arbitrariedade e o caráter depredador da política externa de Washington – um governo que se concedeu a autorização para invadir nações soberanas sem que exista una agressão prévia – representam, na hora presente, o maior incentivo para que o Irã se some, se é que ainda não o fez, à corrida armamentista na qual estão envolvidas diversas potências médias e regionais.

 

 

Washington, por sua parte, não tem autoridade moral para condenar o programa nuclear iraniano, uma vez que esse mesmo governo decidiu olhar para o outro lado quando a Índia e o Paquistão construíram seus respectivos arsenais atômicos, e permitiu que Israel – seu aliado fundamental no Oriente Médio – se mantenha à margem do Tratado de não Proliferação Nuclear e das inspeções da Agência Internacional de Energia Atômica, apesar de que os dados disponíveis informam que esse país possui desde há décadas o único arsenal atômico da região.

 

Estas considerações obrigam a pôr em dúvida que o interesse de Washington com respeito ao Irã seja, efetivamente, evitar a perspectiva de um novo arsenal de bombas atômicas. Tudo parece indicar, ao contrário, que as recentes sanções e a renovada hostilidade da Casa Branca contra Teerã são orientadas a alterar, em prejuízo deste governo e em benefício do de Tel Aviv, o velho equilíbrio de forças nessa parte do mundo.    (...)


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